domingo, 24 de outubro de 2010

Soneto do amor perdido





Ninguém te viu entrar
Campo minado de solidão
Veio sem pedir licença
A este desatento coração

Quando enfim noto sua presença
Lá estás adormecido
Por um momento me recordo
De ter, há tempo, te esquecido

Teu sono parece infindo
Pois me buscou intensamente
Ao encontro te sinto frio, talvez agora, descontente

Tentei despertar-te, embora, tardiamente
Vais agora buscar abrigo
Em coração de outra gente



Natália Abreu

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