sábado, 25 de setembro de 2010

Ouro preto



Janela beirando a calçada.

Ruas calçadas de pedras.

Pés calçados de história.

O que vedes

Sobre o solo das minas,

Sob o céu de uns e outros

É o que nasceu

Do sangue crioulo.

“Ouro preto”.

E o que libertou essas almas

Também as aprisionou

Em calabouços.

No fim do dia,

Mais um dia.

Obras erguidas,

Corpos recolhidos,

Almas esquecidas.



Natália Abreu

Nenhum comentário:

Postar um comentário