É preciso encarar a vida
Antes, nua e crua
Como ela é
Compreender que a finitude
É uma senhora misteriosa
E nos aceitar vulneráveis, até!
Não é sobre quem reza mais ou menos
É estar suscetível aos intempéries que nos cercam
Não há amuletos
Não há quem seja ”o escolhido”
Nem há lição que se aprenda
Com um acaso, sequer
Há um lidar com tudo o que chega
Como chega
E como vai,
se vai.
Se for, há quem vá junto
E há quem fique para contar
Que o segredo da vida bruta
está em não fechar os olhos
Antes da luz se apagar
Natália Abreu
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