Sinto uma agonia inquietante no peito que insiste em medir o tempo com ferramentas que desconheço.
Uma voz insiste em dizer no meu ouvido coisas com tom de quem exige celeridade… numa corrida insana, cujo rumo não fui eu quem traçou.
Isso me diz que ela vem de um lugar fora de mim, e mais que isso, alheio a mim.
Está tentando tirar o sossego de quem só quer refletir sobre como foi chegar até aqui. De quem não consegue medir nessa régua, o significado desses 40 anos...
Revisitar minha trajetória parece uma boa estratégia para dizer ao senhor cartesiano do tempo que ele está equivocado.
E quem sabe assim, venha à tona a voz que realmente importa nessa história: a minha.
Natália Abreu
Nenhum comentário:
Postar um comentário