O que é que há, tamanduá?
As formigas já não estão mais lá.
Há uma hora estás aí parado
Faltas agora, madrugar!
O que é que há, tamanduá?
Que não se move do lugar,
Não queres mais fazer tua parte
Na cadeia alimentar?
Ora, ora... que arrogância!
Nem me ouves falar.
Deve estar sem ter respostas
Ao meu incessante questionar.
Tamanduá, tamanduá
Sua pelugem é peculiar
Não possui sequer a terra
Do seu natural habitat.
Que lócus é este que ocupas
Se não vi sol e nem luar
Nem vi cair as folhas
Nem tem vento a soprar?
Não há de haver mesmo formigas
E muitas horas há de aí ficar
Empalhado e sem instinto,
Já não és tamanduá.
Natália Abreu
Nenhum comentário:
Postar um comentário