segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Do homem e da natureza



Das minhas mãos
Todas as coisas
Invento o mundo
Refaço a natureza
Do átomo
À bomba
Do ferro
À arma
Do sol,
Carcinoma
Do homem
À guerra.
Só não refaço corações
Por vezes,
Perco sentimentos
Perco o humano
De mim mesmo
Na arte de dominar
O que não tem domínio.

Natália Abreu

Que mundo?



Ver o mundo daqui
Faz-me querer não ver
Ver o mundo daí
Faz-me querer morrer
Que condição estúpida!
Ver de onde vejo,
E não ver?
Viver o sofrimento,
E morrer?

Natália Abreu,
sobre prisões.